sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A importância de um Café





Dois leões fugiram do Jardim Zoológico.

Na hora da fuga, cada um tomou um rumo diferente, para despistar os perseguidores.

Um dos leões foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões por todo o lado, mas ninguém os encontrou. Depois de um mês, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas.

Voltou magro, faminto, alquebrado. Foi preciso pedir a um deputado que arranjasse uma vaga no Jardim Zoológico. Assim, o leão foi reconduzido a sua jaula. Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o centro da cidade, quando um dia, o bicho foi recapturado e voltou ao Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega:

- Como é que conseguiste ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com saúde? Eu, que fugi para a mata, tive que voltar, porque quase não encontrava o que comer ... !!!

O outro leão então explicou:

- Enchi-me de coragem e fui esconder-me no Banco de Portugal. Cada dia comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.

- E por que voltaste então para cá?

Tinham acabado os funcionários?

- Nada disso. Funcionários são 1700 nunca acabam. É que eu cometi um erro gravíssimo. Tinha comido o director geral, dois superintendentes, cinco adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de secção, quinze chefes de divisão, várias secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu por falta deles!

Mas... No dia em que eu comi o que servia o cafezinho... Estraguei tudo!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A chuva


Hoje apetece-me desabafar.

Choveu que se fartou apenas por um dia e o País praticamente ficou submerso.
Todos se queixam de que a culpa é das "sargetas".

Então e os "sargentos"? Eles nunca são culpados de nada?

Pronto, já me sinto melhor.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Golegã, terra de Toureiros

Aqui há uns meses ouvi falar num retiro para cintos negros e pensei "Olha aqui está uma óptima ideia. Se os artistas têm 'A Casa do Artista', porque é que nós também não haviamos de ter um Asilo para cintos negros?".
O valor da quota nem era alto e eu inscrevi-me logo.
 Afinal, na semana passada, é que me dizem que o que queriam dizer é que se ia realizar um estágio só para cintos negros.

Fiquei um bocado chateado e desiludido com a noticia.
Já me estava a ver a acabar os meus dias na companhia dos tipos que me têm enchido de porrada nos praticamente 25 anos que levo de karate. As noitadas a jogar à "sardinha" (já que não deveremos ter força para o Ude Tanden ou o Kakie...), as partidas que iríamos fazer do tipo de esconder a dentadura dos outros na arrastadeira ou encher as fraldas dos que estiverem incontinentes com areia ou serradura.

Sonhar é fácil, mas sonhos bonitos como este são sempre de curta duração...

Como uma má notícia nunca vem só, fiquei ainda a saber que o estágio ia ser orientado pelo Sensei Aivaras, um mestre da Lapónia.
Ora aquilo para além da neve e das renas só tem o Pai Natal e uma dúzia de anões. Então isto queria dizer que o Pai Natal é que ia orientar o estágio e, de certeza, o gordo não se devia mexer muito. A coisa não prometia.

Afinal os enganos são como as imperiais: é dificil beber só uma.

O mestre vinha da Lituânia.
Oops! A presidente da Lituânia (agora com 53 anos) é cinto negro de Shotokan...queres ver que o tipo vem mandatado pela Troika e o que quer é acabar connosco? Como somos a fina flor do Goju, se ele acabasse connosco o Shotokan passava a ser encarado como um estilo de karaté. Afinal a manha dos bichos era maior do que eu pensava.

Já estou a ver os cartazes “Estágio de Karaté orientado pelo Sensei Ramalho”.
No Aeroporto o pessoal à espera para o entrevistar e, eis senão, que se apresenta um senhor, de kimono, com um emblema do Shotokan, saído de um avião da Swiss Air (já estão a ver quem é?). “Olá”, diz ele, “eu sou o Sensei Carlos Ramalho!!!” (this is a private joke)

Ooooh!!! Afinal não é nenhum daqueles grandes Senseis de Goju (o José ou o Mestre João), pudera, a Troika deu cabo deles…

Bom, o Sensei Aivaras lá apareceu para nos dar um treininho no Real, antes da partida para a Golegã.

Tipo franzino, abaixo dos 40 anos, não me pareceu grande coisa.
E, como sempre, eu tinha razão. Fiz-lhe meia dúzia de Gedan-Barai e foi vê-lo a sair pela porta.
Lembrei-me logo da história do alentejano a quem calhou uma boneca insuflável (aqui dão todos 2 há-há! – esta piada é só para quem foi ao estágio).

O estágio em si correu de forma impecável. Em quatro treinos conseguimos aprender a fazer o kata que é ensinado em primeiro lugar aos cintos brancos.
Se pensarmos que éramos todos cintos negros (alguns até eram 5ºs. Dans) a coisa nem correu mal.
Já me estou a ver num próximo estágio a aprender a fazer Suparinpei. Devo precisar, pelo menos, de dois meses.

Para além de Gekisai-Dai-Ichi, aprendemos a emborcar imperiais e a saborear “toureiros”.

O resultado foi espetacular. Ansiamos por outro estágio, talvez na Lituânia


Os Sensei "Tall" e Aivaras demonstram a nova versão do "jogo da sardinha"