sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Os filmes de Karaté


Na passada 4ª. feira, depois do treino secreto, estive a ver um filme de artes marciais até altas horas da noite.
Valeu a pena? Leiam e depois decidam.
Aquilo eram banhadas do principio ao fim.
O filme era falado em japonês (já sei, vão dizer que os gajos eram japoneses...ok, mas já vi filmes em que eles são chineses e falam inglês, embora com um sotaque esquisito e o som chegue 2 ou 3 segundos depois deles acabarem de mexer os lábios...).
O Japonês é a língua mais esquisita que eu conheço. Eles em vez de dizerem "patada para a frente", como toda a gente, dizem "mae geri". Isto não cabe na cabeça de ninguém.
O enredo é que era do mais simples possível.
O mestre, um velhote que durante o filme todo não fez uma única técnica, tinha três alunos: o Bom, o Mau e o Maneta (o braço esquerdo estava chocho). Se calhar é graças a este tipo que agora temos de começar a fazer as Kata Bunkai para os dois lados - obrigadadinho óh Maneta!!!
Gostava de saber como é que o tipo com apenas três alunos, se arranjava para pagar a renda do ginásio e as quotas da Federação...
Os alunos eram todos cintos  negros, mas queriam ver quem é que ficava com o cinto negro do mestre (que estava todo gasto e surrado).
Isto é o mesmo que três tipos terem bicicletas daquelas que custam quase tanto como um Ferrari e depois andarem às cabeçadas pra ver quem é que fica com a "pasteleira" do mestre.
Os gajos começaram o filme com uma grande carraspana. O tempo lá é bastante húmido e eles estavam os três constipados. Começam o filme a dar socos no ar e tentar escarrar, mas só sai barulho, o muco estava bem agarradinho.
Inteligentes como só os japoneses podem ser, vão para debaixo duma cascata (em trono nú) e continuam a tentar cuspir, mas a única coisa que conseguem é pegar a doença ao mestre.
Este, por sua vez, sentou-se a meditar (se calhar a pensar nas quotas que já tinha em atraso) e quase se apagou.
Os alunos conseguiram ressuscitá-lo mas o trabalho não foi bem feito porque ele só se aguentava deitado e apenas mexia os olhos.
O resto da história seguiu o rumo normal.
O Mau começou a ensinar os inimigos.
O Bom até das miúdas levava porrada (estão a ver porque não compensa ser bom? se querem levar porrada de mulheres, mudem-se para casa da vossa sogra...).
O Maneta, que devia ser o único que recebia o Rendimento de Inserção Social, tinha como missão decidir sobre quem devia ficar com o cinto negro todo esfarrapado (eu era incapaz de usar um ... mas gostos são gostos).

No final, surpresa das surpresas ...
...
suspense ...
...
mais delonga ...
...
tchan-tchan ...
...
o Mau morre e o Bom fica com o cinto e a miúda que, para cúmulo, era virgem.
Como diz o ditado, uma desgraça nunca vem só ...

Já se viu que o realizador não era o Hitchcock (em português "Comichão no Galo"), senão o cinto tinha ficado para a miúda.

Foi uma hora e meia bem passada. Difícil foi adormecer porque não parava de chorar de tanto rir.

Fico à espera que me tragam mais filmes destes ... Adeus ou  Sayonara como dizem os tipos.  Convencidos!!!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mais um mito explicado


"O karaté é uma doença que não tem cura." ou "O bichinho do karaté nunca morre..."

A verdade é que o que não tem cura (e ainda bem) é a verdadeira amizade.
Os momentos de descontração e os momentos de bom humor que se vivenciam antes, durante e depois dos treinos (os mais puristas já se devem estar a arrepiar com o "durante", paciência ... experimentem e depois compreenderão o que quero dizer ...).
O sorriso aberto e sincero que recebem quando aparecem (mesmo que a ausência tenha sido curta).
A vontade de conviver com os amigos, a troca de uma piada que nos faz rir, ou o simples "estar".

Isto é que faz com que o pessoal volte, ou pelo menos tenha vontade de voltar.

E por fim, a cereja no topo do bolo, a possibilidade de me darem uma galheta e receberem como troco um sincero "Domo Harigato" e a pergunta do costume: "Voltas?"